Ouvi dizer que morreste.
Ouvi dizer que a morte te bateu à porta e que a abriste, sorridente. Pronto para a viagem que te propunham. Não tentaste resistir. Não tinhas nada que te prendesse cá.
A vida ensinou-me que é normal as pessoas desistirem de algo que estão quase a conseguir. É mesmo assim. Faz-me confusão, mas aceito. É mesmo assim. É a lei da vida, seja lá o que isso for.
Não há cá destinos. O destino foi inventado para justificarmos as coisas que nos acontecem contra nossa vontade. Ou a favor dela. É sempre tranquilizante metermos as culpas em algo que não seja em nós próprios. O destino é o melhor escape possível. Pensava que eras o meu. Pensava eu, e pensavam as noites de Outono, e os estranhos no comboio, e os fantasmas do passado. Não és. Escolheste não ser. O meu destino é negro. O teu é dourado. Mas e daí? O destino é uma noção falsa. Não existe semelhante coisa. Se existisse, não terias mudado o meu.
16 March, 2008
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
1 comment:
Uau! Obrigado! Eu sempre quis escrever no meu site algo como isso. Posso tomar parte do seu post no meu blog?
Post a Comment