28 May, 2008

Passamos o tempo à procura de uma prova irrefutável da existência de algo que nunca se decide a mostrar-se e, a existir, nos tortura pelo que pode muito bem não ser nenhuma razão profunda superior à nossa compreensão, mas sim o simples prazer de gozar com a nossa cara.

Num desses dias de investigação exaustiva (tu dizias que as drogas nos levavam, literalmente, para mundos paralelos, onde existia a Verdade pura - às vezes tenho medo que seja mesmo verdade) encontrámos. Ele. Ela. Aquilo. A coisa. Deixámos cair os tabuleiros em cima dos joelhos com o choque, e Ele/Ela/Aquilo/A coisa desapareceu. Só a vimos durante breves segundos mas tenho a certeza que era. Alucinações colectivas são demasiado surreais para serem verdadeiras, e coincidências deste calibre não podem acontecer duas vezes num mês, se é que me entendes.
De qualquer forma, sei que ambos tivemos tempo de fazer uma pergunta. Mentalmente. Nem foi propositado. Simplesmente a visão levou-nos automaticamente a pensar naquilo que queríamso perguntar e aquilo gritou tão alto dentro das nossas cabeças que não o podemos conter.
Fizeste um esgar estranho, depois abriste o rosto num sorriso que põe a miúda do Exorcista a um canto. Sei perfeitamente qual foi a tua pergunta. Sei também qual a resposta.
A minha pergunta ficou mal respondida, seria de esperar melhor de uma entidade superior, ou lá que era aquilo. Não temos certezas que não pudesse ter sido um alien ou coisa assim. Sei que não devíamos tomar drogas, não pelo mal que fazem ao corpo mas porque nos levam de encontro à Verdade, e eu não sou forte o suficiente para a Verdade.
Se algo está destinado a acontecer, porque é tão fácil foder o destino?
Morrem cedo aqueles que os deuses amam. (os que os deuses não amam também morrem cedo... mas é por dentro)

No comments: